A cidade de Osasco passou por um processo eleitoral atípico em 2012. Sem dúvida, para o osasquense foi a eleição mais confusa dos últimos anos, recheada de incertezas. O primeiro episódio foi referente à candidatura do petista João Paulo Cunha, barrada por ter sido condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), por envolvimento no mensalão.
Após a condenação, João Paulo abriu mão da candidatura e Jorge Lapas foi indicado pelo PT para concorrer a Prefeitura. Porém, poucos dias depois o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) impugnou o registro de candidatura de Celso Giglio (PSDB), por ter suas contas reprovadas pela Câmara Municipal e também pelo Tribunal de Contas do Estado.
No entanto, Giglio não adotou a mesma postura do seu adversário político e preferiu manter a sua candidatura, mesmo com parecer desfavorável do TRE. A postura do PSDB de não substituir o seu indicado para a disputa da Prefeitura, gerou insegurança no eleitorado que se confirmou após o pleito.
Após a eleição, os ministros do Tribunal Superior Eleitoral referendaram a decisão da corte de São Paulo, mantendo a candidatura de Giglio impugnada.
Desta forma, Celso Giglio que obteve 149 mil votos não pode disputar o segundo turno, já que sua votação não foi contabilizada. Isso significa que o eleitor de Celso Giglio, jogou seu votou no lixo. Assim Jorge Lapas, foi proclamado prefeito eleito de Osasco com 138 mil votos, conquistando 60% dos válidos.
Osasco precisa servir de exemplo, a justiça eleitoral não pode mais permitir que um candidato com problema na justiça concorra a Prefeitura de uma cidade. Afinal, são 149 mil eleitores que não tiveram seus votos contabilizados.
Mas não é apenas a justiça eleitoral que errou neste episódio, Celso Giglio, foi totalmente irresponsável com seu partido, seus militantes e seus eleitores que foram desrespeitados por ele, pela simples vaidade de ser o candidato a prefeito.
Caso o PSDB tivesse indicado outro nome para concorrer, os 149 mil eleitores que perderam o seu voto teriam sido importantes na definição da eleição em Osasco.
Mas, no pleito deste ano é preciso destacar a vitória expressiva de Jorge Lapas, que iniciou a campanha com 11 % de intenção de voto e conquistou a vitória. Em menos de 30 dias de campanha o prefeito Emidio de Souza (PT), fez o seu sucessor demonstrando todo o prestigio que tem perante o eleitorado osasquense.
Provando mais uma vez que o eleitorado está muito propenso à renovação política e a preparação técnica de cada candidato. Dentro da estratégia de campanha de Lapas, o que mais teve resultado foi à divulgação do plano de governo, isso mostra o que um candidato pensa em fazer durante o período que vai administrar a cidade e isso faltou aos demais candidatos.
Emidio Governador?
A vitória de Jorge Lapas, rendeu ao prefeito Emidio de Souza, muito respaldo político dentro do PT. Sem a necessidade da realização do segundo turno em Osasco, Emidio se empenhou para ajudar a eleger Fernando Haddad, prefeito de São Paulo.
Pessoas próximas à coordenação de campanha de Haddad e ao PT de São Paulo, revelam que Emidio está prestigiado por ter conseguido em Osasco uma vitória que era considerada perdida no início da corrida eleitoral.
Aliás, já existe uma corrente dentro do PT de São Paulo que defende a candidatura de Emidio ao governo do Estado. Porém, a concorrência é grande, o favorito para ganhar a legenda é o ministro da Saúde Alexandre Padilha, o ministro da Educação Aloizio Mercadante, também está cotado para concorrer ao governo do Estado em 2014.
terça-feira, 30 de outubro de 2012
quinta-feira, 11 de outubro de 2012
Osasco terá um prefeito que o eleitor não escolheu! Irresponsabilidade de Giglio pesou!
Osasco vive um momento histórico, mas pelo lado negativo. O candidato do PSDB Celso Giglio, não teve sucesso no recurso que ingressou no Tribunal Superior Eleitoral julgado na noite desta quinta-feira.
Assim, o Juiz eleitoral vai confirmar nesta sexta-feira, Jorge Lapas, como novo prefeito do município. Lapas, obteve 138. 435 votos, contra 149.579 votos de Celso Giglio, 38.705 de Osvaldo Verginio, 36.830 de Délbio Teruel, 8.838 de Alexandre Castilho, 8.318 de Reinaldo Mota, 30.071 Branco e 39.041 Nulos.
Os concorrentes de Jorge Lapas somados representam o montante de 242.27 votos. Pela primeira vez na história de Osasco, um candidato está sendo eleito prefeito com apenas 32% dos votos.
Isso significa que 68% do eleitorado osasquense não votou no candidato que o TSE deve diplomar em dezembro. Agora como uma cidade com a representatividade que tem Osasco pode ser governada por um prefeito que o eleitor não escolheu? Seria o fim do estado democrático?
Não vou entrar no mérito da questão, porque isso é um assunto para os ministros do TSE que são muito capacitados para avaliar se um candidato é ficha limpa ou não. Mas essa questão tem que ser resolvida sempre antes de um processo eleitoral.
Como o Tribunal agora vai explicar que o prefeito eleito é um candidato que a maioria não escolheu?
Irresponsabilidade também do candidato Celso Giglio (PSDB), que durante toda a campanha divulgou nos quatro cantos da cidade que não existia problema com a sua candidatura e agora o eleitor que depositou o seu voto de confiança no seu nome observa que seu voto foi jogado fora.
Giglio poderia muito bem ter indicado outro nome do próprio PSDB, quando teve candidatura cassada pelo TRE, mas a sua vaidade pessoal de querer ser prefeito de qualquer maneira custou ao partido a eleição.
O bom senso manda que se convoque um novo processo eleitoral para que o eleitor tenha oportunidade de escolher o prefeito da sua cidade e não impor um governante que a cidade não escolheu.
Assim, o Juiz eleitoral vai confirmar nesta sexta-feira, Jorge Lapas, como novo prefeito do município. Lapas, obteve 138. 435 votos, contra 149.579 votos de Celso Giglio, 38.705 de Osvaldo Verginio, 36.830 de Délbio Teruel, 8.838 de Alexandre Castilho, 8.318 de Reinaldo Mota, 30.071 Branco e 39.041 Nulos.
Os concorrentes de Jorge Lapas somados representam o montante de 242.27 votos. Pela primeira vez na história de Osasco, um candidato está sendo eleito prefeito com apenas 32% dos votos.
Isso significa que 68% do eleitorado osasquense não votou no candidato que o TSE deve diplomar em dezembro. Agora como uma cidade com a representatividade que tem Osasco pode ser governada por um prefeito que o eleitor não escolheu? Seria o fim do estado democrático?
Não vou entrar no mérito da questão, porque isso é um assunto para os ministros do TSE que são muito capacitados para avaliar se um candidato é ficha limpa ou não. Mas essa questão tem que ser resolvida sempre antes de um processo eleitoral.
Como o Tribunal agora vai explicar que o prefeito eleito é um candidato que a maioria não escolheu?
Irresponsabilidade também do candidato Celso Giglio (PSDB), que durante toda a campanha divulgou nos quatro cantos da cidade que não existia problema com a sua candidatura e agora o eleitor que depositou o seu voto de confiança no seu nome observa que seu voto foi jogado fora.
Giglio poderia muito bem ter indicado outro nome do próprio PSDB, quando teve candidatura cassada pelo TRE, mas a sua vaidade pessoal de querer ser prefeito de qualquer maneira custou ao partido a eleição.
O bom senso manda que se convoque um novo processo eleitoral para que o eleitor tenha oportunidade de escolher o prefeito da sua cidade e não impor um governante que a cidade não escolheu.
terça-feira, 2 de outubro de 2012
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