quarta-feira, 2 de maio de 2012

Emerson Leão foi contrariado no São Paulo, mas até que ponto a diretoria pode interferir?


A semana do São Paulo não foi das melhores, primeiro a eliminação na semifinal do campeonato Paulista para o Santos, com show de Neymar, em pleno estádio do Morumbi repleto de sãopaulinos e terminando com tudo que envolveu os bastidores de São Paulo x Ponte Preta, com o afastamento do zagueiro Paulo Miranda, pela diretoria do clube por deficiência técnica passando por cima da decisão do professor Emerson Leão.

Paulo Miranda errou muito no jogo contra o Santos e isso irritou muito os cardiais Tricolores que afastaram o atleta.

Na entrevista coletiva concedida após São Paulo x Ponte Preta, o técnico Emerson Leão, deixou claro que não gostou da atitude ‘autoritária’ tomada pela direção do clube, mas respeitou a ordem dos dirigentes ao não abrir mão de seu cargo, e muitos acreditavam que de fato Leão, poderia tomar essa atitude.

Ouça a entrevista coletiva do técnico Emerson Leão




Esse episódio retoma uma velha discussão dentro do futebol, até que ponto a direção tem o direito de influenciar no trabalho do técnico com o seu grupo de jogadores?

Para os mais conservadores o vestiário é um lugar sagrado e nenhum dirigente tem o direito de se meter nas decisões que são tomadas na relação técnico e jogadores. E muitos treinadores em outras ocasiões já colocaram o seu cargo a disposição por interferências de dirigentes na condução com os atletas.

Por outro lado, também é preciso destacar que o técnico é simplesmente mais um subordinado do clube e dentro da cadeia de comando está acima dos jogadores e abaixo da diretoria, por este aspecto, os dirigentes teriam plenos poderes para interferir nessa relação.

Em minha opinião, é muito natural que se um superior não está feliz com um funcionário ele tome algumas providencias para melhorar a qualidade do resultado de um trabalho. Afinal, como destacou o técnico Emerson Leão, a diretoria é soberana e os subordinados ou respeitam a decisão ou se não estão satisfeitos deixem o ambiente de trabalho.

Evidentemente que com o afastamento de Paulo Miranda, o São Paulo não vai melhorar, até porque, João Felipe, Edson Silva e Paulo Miranda são do mesmo nível, zagueiros muito fracos. Esse fato só serviu para conturbar o ambiente do clube que após a eliminação já não era dos melhores.

Afinal, Lucas, Jadson, Pires, Willian José, Casemiro e Cícero, também contribuíram muito para a eliminação do São Paulo no campeonato Paulista. Colocar a culpa da desclassificação em apenas um jogador não é correto.

Futebol é um esporte coletivo e o time não esteve bem. E também é bom destacar que o São Paulo não jogou contra o vento e sim diante do Santos, que é o melhor time da América do Sul.

Sobre a derrota para a Ponte Preta, foi vergonhosa a atuação do São Paulo em Campinas, é um desrespeito com uma camisa de tanta história a falta de vontade demonstrada dentro do campo pela equipe. Tecnicamente o São Paulo é bem superior do que a Ponte Preta, mas precisa mostrar dentro das quatro linhas e não só no papel.

Se atuar desta maneira descomprometida, vai fazer o seu torcedor passar vergonha novamente.

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