Por - Fábio Sinegaglia
Parafrasear Carlos Drumond de Andrade em seu poema "No meio do caminho" é algo sempre gostoso, pois o texto é sempre atual e verdadeiro, muitas vezes as nossas pedras não são entes físicos e sim espirituais, mas no caso de Felipe Massa no último sábado foi uma mola, uma peça saída do carro de Rubinho. O que mais me espantou com relação ao Rubinho foi uma declaração dada que qual o piloto da Brawm disse “A mola estava escapando desde o primeiro treino do sábado”, Meu Deus! Se a mola estava escapando, porque não se arrumou .....
Mas infelizmente o acidente ocorreu, na hora do choque da mola com o capacete de Massa temi pelo pior, as primeiras imagens vindas da Hungria me lembraram muito o ocorrido com Ayrton Senna no GP de Imola em 1994, as imagens da televisão não eram conclusivas, e o meu nervosismo foi aumentando.
Não tive dúvidas peguei o telefone e no primeiro intervalo da transmissão da Globo telefonei para a Hungria e falei com o amigo Reginaldo Leme que lá estava trabalhando, ele tinha vários problemas pelo fato das imagens que estavam vindo para o Brasil ser diferente da qual ele tinha nas cabines de transmissão, e no fim eu acabei falando para ele que pela telemetria ficou claro que Massa tocou o pé no freio no intervalo entre a batida da mola no capacete e a batida do carro no muro, talvez esse toque no freio tenha reduzido os danos ao piloto brasileiro.
Bem passada quase uma semana do incidente o que importa é que o ser humano Felipe Massa está melhor, o que me importa é o ser humano. O fundamental agora é o Felipe Massa estar bem para a sua família, para seus pais, seu irmão, sua esposa e fundamentalmente para esperar o nascimento de seu primeiro filho, que está previsto para novembro.
A Fórmula 1 perto da vida é algo muito menor, é ínfimo, até rasteiro. Nós torcedores muitas vezes achamos que o “homem público” é mais importante do que o ser humano, mas esse raciocínio é muito fácil de ser derrubado pois se não existir o ser humano não existe o “homem público”.
Bom o Massa deve ficar fora de uma, duas ou três corridas, ou até mesmo fora do campeonato de 2009, ou talvez ser um ex-piloto de Fórmula 1, mas eternamente será um ídolo e um gênio do esporte. Enquanto Massa não volta a Ferrari vai de Schumacher, alias isso é algo para a história do esporte, o substituto do Massa é um ser sete vezes campeão do mundo. Seria como se no futebol ter como substituto um ser que é a mistura de “Pelé, Maradona e Garrincha” imagina um ser desse nível e o pior o ser seria um mero reserva.
Voltando para as pistas Vai ser muito engraçado se o Shumi vencer em Valência, já pensou na volta dele, obter a primeira vitória da Ferrari em 2009.
Um detalhe se ele vencer uma prova com a Ferrari ele iguala a soma das vitórias obtidas por Prost e Senna, pois ele tem 91, o Prost parou com 51 e o Senna morreu tinha 41. Portanto a soma do francês com o brasileiro dá 92. A e tem um detalhe, domingo passado ocorreu uma corrida de Fórmula 1 e o Lewis Hamilton venceu, mas e daí!
sinegaglia@uol.com.br
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