Por - Fábio Sinegaglia
Em algumas cidades do interior do Estado de São Paulo a frase “Quando as comadres brigam as verdades aparecem” é usada diariamente nas conversas nas praças, bares, esquinas, entre outros, mas uma vez a voz do povo foi sábia, neste caso a briga foi entre comadres poderosas: de um lado a comadre Flávio Briatore (dono de uma arrogância sem tamanho) e do outro lado a Família Piquet (Piquet pai - dono de muito dinheiro e Piquet Junior - carente de talento).
Tudo começou no dia 28 de setembro do ano passado, em Cingapura, quando Nelsinho Piquet, piloto da Renault, teria recebido uma ordem do chefe Flávio Briatore para bater e provocar uma bandeira amarela, o que beneficiaria Fernando Alonso (o outro piloto da equipe francesa), pois bem, a batida ocorreu e a bandeira amarela também e o final da história é que o espanhol triunfou no GP de Cingapura do ano passado.
Pois bem, a estória se manteve em sigilo por quase um ano, porém no começo do mês de Setembro deste ano, o plano mirabolante se tornou conhecido da imprensa internacional e conseqüentemente o fato ganhou espaço no mundo todo. E assim as questões são as a seguintes: Quem é o culpado? Quem errou? E agora? As respostas para essas perguntas são: Todos erraram, todos são culpados! Quanto à terceira pergunta: (E agora?), eu particularmente gostaria de ver todos os envolvidos bem longe do esporte.
O primeiro ponto que surgiu depois de todo o fato noticiado foi uma comparação entre as facilitações que o Rubinho fazia para o Michael na Ferrari e o fato ocorrido no GP da Cingapura com o Nelsinho. Uma coisa não tem nada haver com a outra, pois o Rubinho só prejudicou ele mesmo, já o Nelsinho mudou a história da Fórmula 1 em 2008, pois se não fosse aquela bandeira amarela provavelmente o Hamilton não terminaria a prova em terceiro lugar, ou seja, marcaria menos pontos naquela corrida e não seria campeão por um ponto.
O segundo ponto é para onde vão os envolvidos: Briatore deixou nesta quarta feira (16 de Setembro) o comando da equipe francesa e disse "Eu estou apenas tentando salvar time", já Nelsinho Piquet só contou toda a história apenas depois que foi mandado embora da equipe devido aos seus péssimos resultados na Fórmula 1 deste 2008.
Nelsinho em declaração entregue à FIA essa semana afirmou que só bateu pois estava "mentalmente frágil", essa é uma das desculpas mais sem pé nem cabeça da história do esporte, até porque por trás do Nelsinho sempre esteve seu pai, um das pessoas mais experientes do mundo da Fórmula 1.
Por isso a declaração não se justifica. Por hora todos estão sem lugares na Fórmula 1 e que assim seja por muito tempo. Esse tipo de atitude não merece lugar em esporte algum. O mais curioso nessa confusão toda é que o Nelsão sempre falou e criticou muito o Rubinho em relação a submissão dele com relação a Ferrari e ao Shumi, e agora olha o filhote dele.
Esse é mais um fato que deixa uma enorme mancha na história da categoria, mas felizmente temos quatro emocionantes Grandes Prêmios até o final desta temporada e por que não acreditar em um título do Rubinho, e se esse título vier será um grande “ Cala Boca “ em muita gente, inclusive na Família Piquet, pois sempre foram críticos severos ao trabalho do Rubinho.
sinegaglia@uol.com.br
www.bolanarede2009.blogspot.com
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